A membrana epirretiniana (MER) idiopática resulta da proliferação fibroglial na superfície da retina através de um defeito na membrana limitante interna (MLI), usualmente criado durante o descolamento do vítreo posterior. A presença de MER na mácula é diagnosticada em 2,0 a 6,4% dos olhos submetidos à necropsia. A cirurgia vítreo-retiniana é comprovadamente exitosa na remoção da MER atingindo melhora da acuidade visual em 80 a 90% dos casos. Fatores que podem influenciar o prognóstico cirúrgico incluem a acuidade visual pré-operatória, presença de pseudoburaco macular, presença de edema macular cistóide (EMC), vazamento detectado na angiofluoresceinografia e sua localização. A tomografia de coerência óptica (OCT) é um método de não contato, não invasivo que produz imagens de alta resolução da retina. Vários estudos mostraram correlação entre morfologia da MER e a sua patogênese. Pode ser utilizada para fornecer dados úteis no pré e pós-operatórios, permitindo associar os resultados anatômicos e funcionais após a cirurgia.